quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ENXAME NO TELHADO - ITAOCA

ALDEMIR E AS ABELHAS


A arte de criar abelhas

Apicultura para Principiantes
: “Aprendendo com as abelhas a viver em sociedade”.

Abelha africanizada
A abelha, no Brasil, é um misto das abelhas européias (Apis mellifera mellifera, Apis mellifera ligustica, Apis mellifera caucásica e Apis mellifera cárnica) com a abelha africana  Apis mellifera scutellata.

Quem se propõe a criar abelhas deve ser alguém que tenha vocação para a atividade com esses insetos.
Algumas pessoas são extremamente sensíveis a aptoxina (veneno de abelha), e apenas uma picada de abelha acarreta consequências graves. Normalmente 200 picadas em pessoas menos sensíveis poderão ser mortais.

l. Localização
1 - Verifique se o local em que você pretende instalar as suas abelhas tem flores durante o ano todo. Isso é fundamental, pois para cada quilo de mel produzido as abelhas precisam visitar de 500 mil a 2 milhões de flores!

2 - Instale o apiário, pelo menos 500 metros de distância de casas, estábulos, chiqueiros e caminhos que são transitados frequentemente.

3 - O local deve ter água corrente e fresca perto, pois as abelhas também tomam água e a utilizam, em dias muito quentes, para refrescar a colméia.

4 - Em locais próximos a usinas de açúcar as abelhas recolherão o melaço e produzirão um mel de baixa qualidade, (embora seja muito bom para anêmicos devido ao alto teor de ferro).

5 - Deve-se evitar também a proximidade de outras fontes de açúcar que as abelhas tenham acesso.

6 - Proteja as colméias do vento sul, instalando-as atrás de para ventos naturais como morros ou matas.

7 - As colmeias poderão ser colocadas debaixo da sombra de árvores ou expostas diretamente ao sol. Os apicultores discutem qual das duas alternativas é a melhor. Na experiência concreta se poderá decidir qual método é o mais indicado para a região.

8 - Se o local  escolhido for morro, coloque, de preferência, as colméias no sopé e não no topo. Evitando o desgaste de a abelha ter que subir carregada de pólen, néctar, água ou propelis até a colméia.

9 - É importante manter o local limpo de mato.

10 - Tenha uma estrada que lhe facilite o acesso de carro até o apiário, para quando for tirar o mel ou fizer as vistorias de rotina.


II. Como e o que instalar


1 - Escolha um tipo de caixa que permita, com facilidade, adquirir peças de reposição. Atualmente está muito difundida a colmeia Standard (padão) ou Langstroth. Mas imagine a dificuldade se estiver utilizando outro tipo de colmeia e na região só se encontrar material para colmeia Standard.
Para enxame muito pequeno deve ser utilizado núcleo (meia-caixa).

2 - Coloque as caixas 50 cm acima do chão. Você poderá usar cavaletes de madeira, ferro, ou suportes de tijolos. Assim, protegerá suas colmeias da umidade e do ataque de predadores.

3 - Utilize uma proteção especial contra formigas.

4 - Quem não tem experiência, deve começar com cinco colmeias no máximo, aumentando, depois, pouco a pouco.

5 – De preferência, a caixa deve estar com o alvado (buraco de entrada ou saída das abelhas) voltado para o nascer do sol. Elas saem mais cedo.


III. Descrição da colméia
A colmeia chamada mobilista, ou seja, aquela cujos elementos podem ser separados, divide-se em seis partes:

1 - Fundo, ou assoalho: É a base da colmeia. Ao se colocar o ninho sobre ele, você terá uma abertura de 2 cm de altura, chamada alvado. Por ali entram e saem as abelhas.

2 - Redutor de alvado: É a peça de madeira com duas aberturas de tamanhos diferentes, feitas em lados opostos, que permite aumentar ou reduzir a abertura do alvado por onde entrarão e sairão as abelhas. No inverno é costume reduzir-se essa abertura.
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3 – Ninho: É o local onde a rainha permanecerá e colocará os ovos. Trata-se de uma caixa retangular de 24cm de altura, 37cm de largura e 48,5cm de comprimento (medidas internas), com capacidade para dez quadros (modelo Standart).

4 - Tela excluidora: É uma peça que é colocada entre o ninho e a melgueira. Destina-se a evitar que a rainha suba para a melgueira e deposite ovos. Compõe-se de arames entrelaçados que permitem apenas a passagem das abelhas operárias.

5 – Melgueira: Tem o mesmo modelo do ninho e é mais baixa, medindo 15cm de altura. Seus quadros, também menores, são destinados ao armazenamento
de mel. A capacidade é de dez quadros, mas atualmente alguns apicultores estão usando apenas nove ou oito, aumentando com isso sensivelmente a quantidade de mel armazenada.

6 – Quadros ou caxilhos: São destinados a suportar e conter os favos e facilitar a retirada ou troca dos mesmos. Medem 23 cm de altura (de ninho) 48cm de comprimento que devem ser atravessados horizontalmente por três ou quatro fileiras de arame galvanizado n° 20, para sustentar o favo ou a base de cera alveolada. Para os quadros das melgueiras (13cm de altura) bastam duas fileiras de arame.

IV – Equipamento
1 – Material de proteção: Macacão, máscaras, luvas e botas (brancas, de preferência) são indispensáveis. Estar bem protegido permitirá segurança ao lidar com as abelhas.

2 – Fumegador: Trata-se de um recipiente de metal tendo acoplado um fole, para produção de fumaça. A tampa do fumegador tem a forma de cúpula e um bico horizontal para dirigir a fumaça.
Atenção: os itens l e 2 são indispensáveis para quem pretende lidar com abelhas de ferrão. Sem eles, desaconselhamos qualquer tentativa de mexer nas colmeias. Há risco de vida.

3 - Formão de apicultor; É utilizado para facilitar a abertura das colmeias e raspagem de própolis ou cera.

4 - Saca-quadros; Esse instrumento facilita tirar os quadros de melgueira ou ninho.

5 – Escovade fibras naturais de cor clara ou incolor (a cor preta irrita as abelhas); Ela será útil para “varrer” as abelhas dos favos ou de outros locais na colmeia. (Numa questão de preferência, substitua esse equipamento, por um raminho macio).

6 - Cera alveolada; A cera extraída dos favos poderá ser derretida e trocada por placas de cera impressas com o relevo dos alvéolos. A cera alveolada é utilíssima
para facilitar a construção de favos regulares num tempo menor que o normalmente
gasto pelas abelhas.
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7 - Garfo desoperculador; É um instrumento utilizado para retirar os opérculos dos favos. Opérculos são lâminas de cera com as quais é lacrado cada alvéolo cheio de mel. As abelhas, após desidratarem o mel (baixando a umidade a menos de 18%), tampam cada um dos alvéolos, impedindo, assim, que em contato com o ar ele fermente.

8 – Centrífuga; Tem a função de extrair o mel, com seu emprego, os favos poderão ser reutilizados.

 V - Enxame
l - Escolhido e preparado o local, adquirido o material, chegou a hora de conseguir os enxames. Se preferir comprá-lo, deverá, antes de fechar negócio, observar a idoneidade no vendedor.

a)     O movimento de entrada e saída de abelhas no alvado indica se o enxame é fraco ou forte. Pouco movimento, com poucas abelhas, mostra que se está diante de um enxame fraco.
b)   Observe se as abelhas transportam pólen (bolota nos pés), se não, a colméia pode estar zanganeira (na falta da rainha, fêmeas comuns põe ovos).

2 – Se o enxame foi capturado, espere cinco dias para abrir a caixa, caso tenha sido comprado é necessário fazer revisão imediata.
Observando as normas de manejo e segurança, preste atenção nestes pontos:
a)   A cor muito escura dos favos indica um enxame cujos quadros não foram trocados há pelo menos um ano. O acúmulo de películas nos alvéolos impede a postura da rainha. Porém, se ela ali puser os ovos, as abelhas sairão muito pequenas, de índole agressiva e com pouca capacidade de transportar mel.
b)   A postura da rainha deverá ser uniforme. Ou seja, ao retirar um quadro do centro, se encontrar um alvéolo operculado (tampado com cera) e outro não, uma cria de alguns dias (pupa), um ovinho de um dia, tudo misturado, isso pode indicar uma rainha velha, desordenada e com alguma dificuldade.
c)   O enxame bom tem a postura da rainha uniforme. Você vê o favo de crias totalmente operculado (fechado), vê outro só com crias de um dia, ou só com pupas.


3 - Verifique em sua região qual é a época em que há maior quantidade de flores, pois de preferência os enxames devem ser revisados algumas semanas antes de iniciar a florada. Se houver grande sem flor apícola, talvez tenha que alimentar alguns enxames mais fracos.

4 - O estado material das caixas também é importante. Observe se há frestas, se a madeira não apodreceu ou foi atacada por cupins. As diferentes partes (fundo, ninho, melgueira, tampa) deverão ser substituídas se estiverem danificadas.

5 - Verificado a boa condição do enxame, coloque a melgueira.

6 – É importante não mudar a caixa para uma distância inferior a 4 km.

VI. Manuseando uma colmeia
Não deve, em hipótese alguma, trabalhar com as, abelhas pessoas com hipersensibilidade às suas picadas. Alguns conselhos dados por todos os apicultores experientes: - Se possível, não trabalhe sozinho. Tenha sempre alguém lhe ajudando, protegido com macacão, máscaras e luvas, e com o fumegador aceso nas mãos. Um descuido nesse ponto poderá causar graves transtornos; - Esteja sempre protegido, você também, com macacão, máscara, luvas: - Todos os seus movimentos devem ser lentos e muito cuidadosos para evitar queda de tampas, quadros, caixa, ferramentas; - Trabalhe limpo e sem perfume, as abelhas detestam cheiros.- Observando isso, você estará apto a seguir os próximos passos.
l - Transporte e instalação do enxame:
a) O transporte deve ser feito sempre à noite, ou de madrugada antes do raiar do sol.
Leve também um pedaço de espuma para fechar o alvado de cada colmeia, e um rolo de fita crepe para lacrar as frestas. Utilize uma tela para ventilação, substituindo a tampa.
b) Vista o macacão, ponha máscaras e luvas. Retire a tampa do fumegador, coloque no fundo pedaços de jornal ou estopa acesos, e por cima coloque serragem ou raspa de madeira, acionando o fole até produzir abundante fumaça. Seu ajudante deverá manejar continuamente o fole para manter a fumaça constante. Ele poderá parar uma ou outra vez para lhe passar alguma ferramenta, segurar alguma melgueira, ou executar alguma outra tarefa. Contudo, vigiando sempre para que o fumegador não se apague.
c) Aproxime-se das colmeias por trás, em silêncio e com calma.
d) Dê algumas baforadas de fumaça com o fumegador na entrada da colmeia e em torno da caixa. Espere alguns minutos.
e) Retire o telhado, sem movimentos bruscos.
f) Dê mais algumas baforadas de fumaça e tape o alvado com a espuma. Verifique se há algum buraco por onde podem sair as abelhas e tape-os com a fita crepe.
g) Repita a operação com cada colmeia a ser transportada.
h) Coloque os enxames com cuidado no carro que fará o transporte.
i) Os primeiros 30 km devem ser feitos devagar, para que as abelhas se acostumem com o movimento.
j) Ao chegar ao destino, instale as colmeias, cada uma no seu cavalete ou suporte de alvenaria.
k) Estando todas instaladas, retire a espuma do alvado das colmeias. Faça isso com rapidez, evitando passar diante das colmeias já abertas.

2 - Primeira vistoria
a) No dia seguinte, ou alguns dias depois, volte, bem protegido evidentemente, para ver se os enxames estão em ordem.
b) Notará junto às colmeias muita movimentação de abelhas; elas estão fazendo o reconhecimento do novo local.
c) Não abra a tampa das colmeias no dia da viagem, pois o trauma foi grande. Deixe as abelhas se acomodarem.

3 - Vistorias de rotina
a)    Faça as revisões das colmeias periodicamente, de acordo com a intencidade das floradas, num horário em que as abelhas campeiras estejam fora, de preferência entre as 07 e 16hs. É importante também que seja num dia sem chuva.
b)    Levante a tampa com o auxílio do formão de apicultor e introduza um pouco de fumaça pela fresta aberta. Espere alguns segundos.
c)    Enquanto seu ajudante maneja o fumegador, retire a tampa colocando-a em pé diante da caixa, para que as abelhas aderidas nela subam para o alvado.
d)    As melgueiras, se houver, coloque-as num suporte diante da colmeia ou em pé no chão.
e)    Inicie a revisão do ninho retirando os quadros das extremidades para facilitar a vistoria dos demais. A rainha não costuma colocar os ovos nos quadros das extremidades.
f)     Quadro por quadro deve ser observado e devolvido ao interior da colmeia, para evitar a morte das crias por ressecamento. Os quadros do centro devem estar com postura uniforme.
g)    Os favos velhos, normalmente muito escuros, devem ser retirados e substituídos por cera alveolada.
h)    Favos com mitos zangões, notado pelo tamanho do alvéolo, que para eles é maior que o da operária, devem ser retirados.
i)      Caso haja favos defeituosos (tortos, mal formados) ou velhos, mas com crias,
coloque-os nas extremidades do ninho. Ali a rainha não porá mais ovos quando acabar a florada e você poderá substituí-los por cera alveolada tão logo as crias nasçam.
j)      Se houver muita cria, muitos zangões, pólen e néctar em quantidade no ninho, poderá haver enxameação. Veja mais adiante como proceder.
k)    Terminada a revisão, reponha tudo como estava antes de começá-la. Não deixe de repor também as telhas ou proteção contra a chuva. Não é difícil o apicultor esquecer este ponto.

4 - Vistoria para retirar o mel
a) Siga todos os procedimentos indicados para a vistoria de rotina.
b) Verifique se os favos de mel estão operculados, ou seja, com os alvéolos tampados, e retire só esses.
c) Substitua os quadros colhidos por outra com cera alveolada ou com os favos já feitos que tenham sido sentrifugados.
d) Faça a centrifugação do mel longe do apiário, para não atrair as abelhas, evitando pilhagem.
f) Antes de reutilizar os quadros coloque-os para as abelhas ‘limparem’ a uma distância mínima de 50m das colméias, para evitar brigas.

VII. Controle de enxameação
l - Quando notar que as abelhas estão formando “barba” (aglomeração embaixo do alvado) é sinal de que o espaço interno está ficando pequeno para todo o reino.
a)    Verifique se há realeiras. Havendo, é muito provável que ocorra enxameação
(divisão do enxame). Veja se há postura do dia (ou seja, se há ovinhos nos alvéolos), isso indica que a rainha está presente e que, portanto, o enxame está se preparando para dividir-se.
b)    Não havendo postura recente, não destrua as realeiras, porque a rainha morreu ou já enxamiou e está sendo preparada outra princesa.
c)    Notando que não há realeiras, o enxame está “pedindo” espaço ao formar aquela “barba”. Coloque então uma melgueira a mais.
d)    Pode-se igualmente observar se há falta de espaço sentindo o peso da colmeia, levantando-a pela parte posterior. Estando leve, mas com grande movimento de abelhas no alvado, as abelhas precisarão de espaço dentro de duas semanas mais ou menos. Estando pesadas, com intenso movimento de entrada e saída de abelhas, terá que fornecer a melgueira imediatamenteou retirar o mel.

2 - Como fazer para evitar enxameação?
a)    Um processo, drástico, consiste em arrancar as realeiras.
b)    Outro, menos ágil, consiste em retirar o mel que há na colmeia. A razão é simples: para partir em busca de novo local, as abelhas acumulam a maior quantidade de mel possível, pois terão de construir favos, e, como já vimos, é ele a matéria prima usada na fabricação da cera.

VIII. Multiplicação de enxames
I - Querendo, poderá reutilizar os favos com crias, retirados das suas colmeias,
para dar início a novos enxames.
a) Ao retirar o favo, certifique-se de que a rainha não está pousada nele. Se estiver,
devolva-a para a caixa com cuidado.
b) Usando um borrifador (desses que são utilizados para borrifar flores, facilmente
encontrados em qualquer floricultura), espalhe uma calda rala de açúcar, mel e essência de eucalipto sobre as abelhas aderentes no quadro que foi retirado.
c) Repita a operação com os quadros que retirar de outras colmeias. A preocupação em tomar a calda aspergida levará as abelhas a não perceber o cheiro diferente dos diversos enxames reunidos ali. No final da limpeza, formarão um novo enxame.
d) Complete o espaço vazio com quadros contendo cera alveolada e, se necessário,
ofereça alimentação artificial.
e) Será preciso uma rainha para essa colmeia. Produza suas próprias rainhas a partir do melhor enxame ou compre de apiários especializados. Se quiser produzi-las, procure fazer um curso de especialização nessa matéria.
f) Faça essa operação - de construir um novo enxame - tendo já a rainha ou realeira em mãos. Caso contrário as abelhas criarão sua nova rainha.

 IX. Captura de enxames
l - Você também poderá aumentar o número de colmeias capturando enxames na
natureza: em ocos de árvores, em buracos nas paredes, ou em forros de casas etc. Observação: se o enxame estiver instalado em local de muito movimento certifique-se da ausência de pessoas ou animais num raio de 100 metros em torno do enxame a ser capturado. Evacue a área, se necessário, e coloque sentinelas para alertar eventuais transeuntes. Havendo casas em torno do local mande que se fechem portas e janelas, que seus ocupantes não saiam sem prévio aviso e animais sejam guardados em local seguro. Um descuido nesse ponto pode acarretar desastres irreparáveis
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2 - Vejamos agora mais dois métodos:
a) Caixa-isca. Trata-se de distribuir pela sua propriedade alguns núcleos (caixa que tem capacidade para apenas cinco quadros, em vez de dez, como o ninho), procurando de preferência locais elevados, como telhados, árvores etc. Tenho tido mais resultado usando o próprio ninho, do que o núcleo. Se o enxame for grande ou com capacidade de crescer rapidamente, rejeitará o núcleo por considerá-lo pequeno demais. – Nos quadros coloque apenas uma tira de 3 cm de cera alveolada. As abelhas, ao abandonarem o local primitivo, partem com muito mel ingerido e têm tendência a fabricar cera tão logo pousem na futura morada. Por isso, se encontrarem os quadros do ninho com favos já prontos ou com folhas inteiras de cera alveolada, rejeitarão o lugar por sentirem falta de espaço. -Esfregue erva-cidreira com um pouco de sal e açúcar dentro da caixa e nos quadros, para atrair as campeiras. Em breve notará abelhas em torno da caixa e em pouco tempo um enxame ocupando o lugar.
b) As colmeias que vivem na natureza (em ocos de árvores, cupinzeiros etc, costumam enxamear com facilidade. Os enxames encontrados, geralmente em galhos, poderão ser capturados. Nesse caso coloque numa caixa usada que já tem o cheiro de cera e própolis, e se possível coloque um quadro com cria nova.

XI. Introdução de rainha
l - Muitos especialistas recomendam trocar as rainhas a cada 2 anos. Para isso, ou no caso de criar algum enxame (como indicado no item VIII, 1), é bom conhecer como introduzir a nova rainha.
a) Poderá lambuzar a abelha mestra e, com a tampa da caixa previamente aberta, depositá-la por cima dos quadros, indo a rainha toda melada cair no meio das habitantes da colmeia, suas futuras súditas. Fechar imediatamente a colmeia, mas não o alvado. Esse método funciona bem desde que a colmeia esteja sem rainha por mais de 48 horas.
b) A rainha poderá ser introduzida na colmeia usando a própria “gaiola” onde ela foi
transportada ao ser comprada ou retirada de outra colmeia. Em dois ou três dias as abelhas roerão a pasta de açúcar cândi que tapa a saída, libertando a rainha. Para  sso, retire um favo com crias e instale a “gaiola” na travessa de baixo do quadro, de modo a permitir fácil acesso para as abelhas libertarem a rainha.
c) O Setor de Genética da Universidade do Estado de São Paulo indica outro método
com 100% de aceitação pelas abelhas. - deixar o enxame órfão de 24 a 48 hs. – Preparar uma gaiolinha feita com tela de arame tendo 10 cm de comprimento por 10 cm de largura e 1,5cm de altura. Encaixar a parte aberta em algum favo sem cria, no centro da colmeia, prendendo, em seu interior, a rainha com sua corte . - deixar a gaiolinha por um prazo de uma semana, findo o qual deve ser retirada.
d) Colocar realeira que tenha encontrado ao revisar outro enxame. Nesse método não há risco de rejeição.
NESTE ROTEIRO PARA PRINCIPIANTES não esgota o tema. Procure ler mais sobre o assunto, e, converse com apicultores, tome algumas aulas sobre o tema. Sobretudo pratique a apicultura e descubra, você mesmo, os segredos do reino maravilhoso das abelhas.